Normalizações do saber-poder metodológico no campo da comunicação: micropolíticas nos processos institucionais de produção de conhecimento científico

Coordenador
Nísia Martins do Rosário

Pesquisadora envolvida
Lisiane Machado Aguiar

Resumo
O objetivo do trabalho é investigar os processos micropolíticos de produção de conhecimento científico que normalizam a prática metodológica nos Programas de Pós-graduação em Comunicação que são stricto sensu e avaliados pela Capes. O posicionamento epistemológico ocorre pela lente do pós-estruturalismo. Dessa forma, a micropolítica é entendida como o processo de produção de conhecimento a partir das relações de saber-poder, detectando como produzimos modos de subjetivação. Assim, não se quer saber apenas “o quê?” nem “por quê?”, mas “de que modo” e, principalmente, “como” determinado saber e não outro está sendo normalizado. Para isso, metodologicamente compomos uma multimetodologia com arqueogenealogia de Michel Foucault, no que se relaciona à desnaturalização das práticas, e na análise dos agenciamentos coletivos de enunciação vinculada à pragmática-esquizoanalítica de Deleuze e Guattari. Nesse caso, o problema orientador da pesquisa se articula: Como a normalização de um saber-poder metodológico vem sendo enunciado nos programas de pós-graduação em comunicação? Parte-se da perspectiva que a discussão metodológica merece ser reconhecida como elemento vital na produção de conhecimento. Deve ser entendida mais amplamente do que uma etapa do trabalho acadêmico científico, mas como todo processo que envolve os aspectos conceituais, éticos, estéticos e políticos de uma pesquisa.