Conheça a Filmoteca Povos Indígenas do Brasil
8 de fevereiro de 2022 Processocom
Raquel Carneiro
Doutoranda e Mestre em Ciências da Comunicação PPGCCOM/Unisinos – Linha de Pesquisa 3 – Cultura, Cidadania e Tecnologias da Comunicação; Integrante Grupo de Pesquisa PROCESSOCOM e Membro REDE AMLAT.

Do processo caminhante de aprender das experiências curiosas da vida, somado ao exercício intelectual investigativo, bem lembrando Mills, durante o curso de Mestrado fui navegando até a descoberta do Centro de Referência Virtual Indígena. O site faz parte do portal Armazém Memória, que realiza um profundo trabalho ligado à Comissão Nacional Verdade (CNV) e por isso, mapeou arquivos, fundos e coleções de interesse aos povos indígenas. Para se ter uma ideia, há quase 7 mil páginas do Relatório Figueiredo, desaparecido por 45 anos e que retrata a violência contra cidadãos indígenas dos anos 1950 até 1968, data de sua publicação. A violência documentada pelo próprio estado brasileiro, tem hoje acesso público e é objeto de estudos para diversos fins.
O acervo atual do Centro de Referência Virtual Indígena conta 1 milhão 255 mil 749 páginas distribuídas em 17 bibliotecas, dentre elas: anais de constituintes, arquivo nacional, comissões da verdade, acervos de instituições, bibliotecas, documentos, recortes de jornais, relatórios, hemeroteca de periódicos e recentemente, uma filmoteca!
A Filmoteca Povos Indígenas do Brasil foi organizada a partir de coleta de filmes e documentários que retratam a diversidade existencial, cultural e linguística dos cidadãos indígenas brasileiros, recolhendo os conteúdos postados em canais de terceiros para um HD e publicando no canal do Youtube em 5 catálogos: por década de produção, por região do país, por etnia, por tema e por ordem alfabética do título do filme.
O trabalho envolve o mapeamento de acervos e a sistematização em planilha, através de pesquisa no centro de referência de filmes que envolvam os povos indígenas, sua localização na internet e se não houver cópia, buscamos por uma cópia em VHS ou DVD do filme.
O canal NÃO É MONETIZADO. Por isso, autor, detentor de direito autoral sobre alguma das obras reunidas, se pede que monetize o filme ou entre em contato por e-mail com o Marcelo Zelic, responsável pelo Armazém da Memória.