Confira o resumo da tarde do segundo dia do VII Seminário Internacional de Metodologias Transformadoras da Rede AmLat

24 de agosto de 2013 Processocom

 Tamires Coêlho
Maytê Ramos Pires
Vitória Brito Santos
Paulo Júnior Melo da Luz

Na tarde de 23 de agosto, segundo dia de evento, o VII Seminário Internacional de Metodologias Transformadoras da Rede AmLat contou com as apresentações de seis pesquisadores: Theophilos Rifiotis, Jean Segata, Maria Elisa Máximo, Alberto Pereira Valarezo, Sonia Regina Soares da Cunha e Lívia Fernanda Nery da Silva.

A primeira apresentação da tarde do último dia de evento foi “O ‘paciente informado’: primeiras notas de um estudo etnográfico” na qual Maria Elisa Máximo, antropóloga do Necom-IELUSC e do GrupCiber-UFSC, apresentou sua investigação. Em sua pesquisa, Maria Elisa detectou que os pacientes estão cada vez mais informados, mais conscientes e desconfiados, em uma demanda por autonomia. A pequisadora tratou das dificuldades de acesso a saúde, da confiabilidade dos dados obtidos na internet, decompetências para acessar esses dados, e de enunciados médicos que possam funcionar como discursos de poder, entre outros temas.

Jean Segata, do GrupCiber-UFSC, foi o segundo pesquisador a trazer suas reflexões. “A caixa-preta da rede” tratou dos dispositivos de comunicação e das relações entre conexão e rede. A rede foi abordada como modo de organizar descrições e mapas provisórios.

“Hibridismo e Ubiquidade: mapeando controvérsias sobre a cibercultura” foi o tema trazido por Theophilos Rifiotis, do GrupCiber-UFSC. Theophilos falou sobre as interfaces midiáticas e o conceito de comunicação mediada por computador, entendendo mediação como aquilo que interfere no curso da ação e, assim, o computador seria mais complexo que um mecanismo de transferência de informação. Os sujeitos constroem a própria sociedade à medida que participam de associações (conexões). “O mais importante é ter espirito transformador”, afirmou o professor da Universidade Federal  de Santa Catarina.

Alberto Valarezo trouxe a temática da “Lenguaje y Perspectivas Educomunicativas”. Ele destacou que os estudantes devem assegurar, inicialmente, uma escrita adequada e que lhes permita trabalhar, porque o resto virá naturalmente. A exposição do Alberto evidenciou a necessidade em dar abertura aos professores quanto aos seus métodos de interação com os estudantes, desde que esses métodos não provoquem distanciamento entre eles. Além disso, é importante dar liberdade para que os alunos apliquem tudo que aprenderam, estimulando sua criatividade e seu potencial.

Já Sonia da Cunha falou sobre “O argumento como método de pesquisa: a função heurística do interrogatório dentro da lógica doxástica”. Ela explicou que buscou entender como os estudantes significam a “universidade” e trouxe depoimentos de seus alunos, ilustrando que falta instigar e provocar os estudantes desde a educação básica, afinal “argumentar não é discutir, mas é também”. Sonia da Cunha explicou que a coleta de evidências deve ajudar a consolidar uma pesquisa, não se pode simplesmente “inventar” conclusões, dados e resultados, a fim de que seja feita uma avaliação crítica da pesquisa científica. O trabalho empírico foi uma etapa processual na construção do conhecimento científico.

A última apresentação do VII Seminário Internacional foi de Lívia Fernanda Nery da Silva (UFPI/Unisinos): “Comunicação e educação: apropriações, interações e produções comunicacionais dos estudantes EaD no semiárido piauiense”. Lívia comparou o acesso a bens de comunicação nos estados do Piauí e do Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, mostrando a grande diferença entre cenários comunicacionais brasileiros. A pesquisadora relatou as dificuldades que os alunos enfrentam no cenário piauiense, mas que não os impedem de retornar à sala de aula. Assim, tornou-se essencial identificar e descrever as práticas comunicacionais e educacionais dos estudantes, bem como suas competências.

Encerramos as atividades do VII Seminário de Metodologias Transformadoras. Para acessar todo o conteúdo que foi produzido na cobertura do site sobre o Seminário, acesse aqui.

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#Rede Amlat#VII Seminário Internacional de Metodologias Transformadoras

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