BRICs avançam na pesquisa científica
6 de novembro de 2009 Processocom
JC e-mail 3883, de 05 de Novembro de 2009.
China aumenta em seis vezes sua produção de ‘papers’
Se alguém ainda tem dúvida de que a China não é apenas fonte de produtos de segunda categoria aqui vai a prova definitiva de que este estereótipo não se sustenta: entre 1998 e 2008 o número de papers científicos publicados pelo país saltou de 20 mil para 112 mil. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos, líderes mundiais em pesquisa, aumentaram o número de artigos publicados de 265 mil para 340 mil no mesmo período.
O investimento em pesquisa do país saltou para a terceira posição no ranking mundial atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.
As informações são de um relatório produzido pela Thomsom Reuters sobre pesquisa nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
Em junho, o relatório sobre o Brasil também trouxe dados muito positivos sobre o avanço da pesquisa por aqui. Embora tenha menos trabalhadores por grupo de mil trabalhadores do que os países desenvolvidos – aqui são 0,92/1000, enquanto nos países ricos este número gira em torno de 6/1000 – o Brasil aumentou muito mais a pesquisa desde o começo da década de 80 do que países como EUA, Alemanha, Reino Unido e Japão. Em 1981, o Brasil publicou cerca de dois mil artigos científicos e em 2008 este número saltou para cerca de 20 mil.
O Brasil se destaca nas pesquisas das áreas de ciências naturais ao ponto de ser chamado de “economia do conhecimento da natureza”. Já na China, o foco são a ciência básica, mas nos últimos anos o país asiático vem diversificando o foco de atuação.
Por exemplo, o Brasil publicou mais de 10 mil artigos sobre ciência vegetal e animal nos anos de 2007 e 2008. Isto representou quase 4% de todos os artigos publicados no mundo nesta área neste período. O país também mostrou uma presença importante em ciências agrícolas, microbiologia, meio ambiente e ecologia. (Blog do Terra, 4/11)