Aqui é bom de se fazer pesquisa

17 de abril de 2008 Processocom

Texto: Paulo Ludwig
Foto: Bruno Alencastro

Brasil figura pela primeira mês na lista dos melhores países do mundo onde se desenvolvem estudos – em 11º lugar, está à frente de Alemanha e França

O Brasil entrou pela primeira vez na disputada lista dos melhores países do mundo para se fazer pesquisa científica.

O país figura na 11ª colocação em 2007 entre as nações que mais se debruçam sobre projetos científicos, de acordo com um estudo divulgado pela revista americana The Scientist.

No ranking, o país aparece na frente de potências como Alemanha e França. Entre os pesquisadores do Estado, é consenso de que o investimento do governo federal na educação continuada dos profissionais foi importante para a colocação.

Criada em 1951, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é apontada como uma das principais responsáveis pelo salto de qualidade nas pesquisas científicas realizadas no Brasil. Além de avaliar e fiscalizar os centros de pós-graduação espalhados pelo país, o órgão estimula atividades de intercâmbio, concede bolsas de estudo e apóia eventos de natureza científica.

A diferença verificada nas duas últimas décadas está na aplicação do conhecimento absorvido pelos cientistas brasileiros em mestrados e doutorados no Exterior. Hoje, após a formação de um grande número de profissionais qualificados, é possível desenvolver projetos brasileiros que se equiparam com estudos de países como Estados Unidos e Canadá.

– Antes, estudávamos fora e não tínhamos onde aplicar esses conhecimentos. Mas o Brasil fez a opção de ter ciência de qualidade e hoje estamos colhendo esses frutos – diz Flávio Kapczinski, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Laboratório de Psiquiatria Molecular do Hospital de Clínicas da Capital.

Hoje, alguns trabalhos locais não só recebem elogios internacionais, como são financiados pelo capital estrangeiro. A equipe liderada por Kapczinski no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por exemplo, já recebeu US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão) de centros filantrópicos americanos para o desenvolvimento de uma pesquisa que visa à melhora de pacientes com transtorno bipolar.

Confira o ranking*

1°) Bélgica
2°) Estados Unidos
3°) Canadá
4°) Suíça
5°) Austrália
6°) Índia
7°) Holanda
8°) Reino Unido
9°) Israel
10°) Suécia
11°) Brasil
12°) Alemanha
13°) França
14°) México
15°) Itália

Além do Brasil, apenas o México foi inserido na lista dos melhores países pela primeira vez. Os outros 13 países entre os 15 primeiro colocados no ranking já estiveram na lista, divulgada desde 2003. O ranking disposto acima corresponde ao ano de 2007.

(*Fonte: http://www.the-scientist.com)

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